Blog da Vereadora Madalena Mafra

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(RIO DE CONTAS/BA) – Assim como Morro do Chapéu e Mucugê, o município de Rio de Contas pode se tornar um potencial polo produtor de uvas próprias para produção de vinhos finos. As condições de solo e clima semelhantes a regiões produtoras da França e aos Vales dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul, foram comprovadas através de estudos encomendados à Embrapa. Em resposta ao pleito de agricultores familiares de Rio de Contas, o secretário da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, acompanhado do superintendente de Desenvolvimento Agropecuário, Raimundo Sampaio, e comitiva estiveram, nesta quinta-feira (19), com produtores rurais do Distrito de Fazendola, para assinar protocolo de intenções para implantação de uma estação experimental, com o objetivo de avaliar o desempenho tanto das videiras quanto de frutas temperadas.

Para o secretário Eduardo Salles, a cultura se apresenta como uma nova alternativa econômica para a região da Chapada Diamantina e a obtenção de material vegetal e mudas de alta qualidade devem confirmar todas as expectativas. “A intenção é aumentar a competitividade, a inclusão social e agregar valor aos produtos. Rio de Contas reúne todas as características para se tornar um grande polo produtor de vinhos e frutas temperadas e isso pode mudar a realidade dos pequenos produtores, gerando emprego, renda e fixando o homem no campo com melhores condições de vida. Tenho certeza que os melhores vinhos do Brasil e do mundo serão produzidos nesta região”, afirmou. Em parceria com a Embrapa, Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) e associações locais, a ideia é testar dez variedades de uvas e através de estudos detectar quais se adaptaram melhor.

Para o presidente da Associação de Moradores e Produtores Rurais de Fazendola, Jailton Ambrósio, os agricultores estão ansiosos para começar a colocar a mão na terra e produzir. O mais próximo que eles chegaram dessa nova experiência foi com o cultivo de uvas de mesas e, portanto, a produção de uvas para vinhos e frutas temperadas significa o início e o fortalecimento do associativismo na comunidade. “Temos muito interesse em vê o projeto caminhar. Tenho certeza que cada homem e mulher daqui irá aproveitar cada momento, buscando transformar o futuro deles e futuramente de toda região”.

Acompanhado por lideranças  da região, o secretário visitou o horto florestal onde há uma área experimental para produção de flores. Com uma produção de 20 mil mudas por semestre e um mercado consumidor já estabelecido, Salles verificou a possibilidade de ampliar o projeto para outras comunidades. A partir do resultados do Projeto-piloto Quintais Produtivos Flores da Bahia, em Maracás e Barra do Choça, o objetivo é estruturar e expandir também para Rio de Contas, atendendo inicialmente a 300 famílias da comunidade de Mato Grosso, onde existe vontade e capacidade produtiva, de acordo com a extensionista rural da EBDA, Maria Aparecida.


Produção de oliveiras na Chapada é mais uma alternativa de convivência com o semiárido


Durante visita aos centros produtivos da cidade, o plantio de sequeiro das oliveiras surgiu como mais uma opção para convivência com o semiárido. Eduardo Salles pode conferir de perto o experimento com 23 variedades de oliva, implantado em cinco hectares pelo grupo francês Food and Wood. De acordo com o responsável técnico Eder Toews Doll, a variedade grapolho teve o melhor desempenho vegetativo em um curto espaço de tempo. “Enquanto na Europa, a perspectiva de produção gira em torno de cinco a seis anos, aqui em dois anos tivemos a surpresa de ver as oliveiras florescerem. São necessárias 500 horas de frio abaixo de 10°C por ano”, explicou.

Buscando avançar nas pesquisas com novas variedades, em parceria com a Seagri, o grupo pretende introduzir espécies do clima mediterrâneo, em regiões montanhosas, a exemplo do Norte da África (Argélia, Tunísia e Marrocos), ideal para produção na região. “Queremos firmar um convênio com a Embrapa Semiárido, para daí elaborarmos uma parceria com os pequenos produtores para distribuição de mudas. Já percebemos que em solo e arenoso e pouca água é possível ter sustentabilidade”, disse Eder Toews.

O secretário e comitiva visitaram ainda as instalações da Fazenda Vaccaro, onde é produzida a premiada cachaça Serra das Almas.
  
Fonte: http://www.seagri.ba.gov.br/noticias.asp?qact=view&notid=25130