A data ficou instituída em 1980, durante um movimento nacional, ocorrido nas escadarias do Teatro Municipal de São Paulo quando inúmeras mulheres brasileiras reuniram-se em protesto contra o aumento de crimes cometidos contra as mulheres de todo o País.
A proposta desse movimento era instituir serviços de orientação e atendimento integral das vítimas em várias partes do país, tornando visíveis as relações de violência doméstica, publicizando-as. Movimentos semelhantes nasceram em várias cidades brasileiras, capazes de interferir na opinião pública, principalmente no que se referia à punição dos criminosos e foram também criadas e disseminadas, por todo o país, as Delegacias Especializadas em Crimes contra a Mulher, a partir de 1985 , além de ter sido desencadeado todo um trabalho educativo/preventivo, enfocando as raízes sócio-históricas e culturais desta violência. Passou-se a "lavar a roupa suja" no espaço público, forçando a reflexão por parte da sociedade e das instituições sobre o problema, exigindo a tomada de providências, ações afirmativas e políticas públicas voltadas para a minimização das relações violentas.
Tipos de violência
Dos 17.231 relatos de violência, 93% são relacionados à violência doméstica e familiar, sendo que em 67% desse, os agressores são, na sua maioria, os próprios companheiros. Do total desses relatos, 9.283 foram de violência física; 5.734 violência psicológica; 1.446 violência moral; 256 de violência sexual; 54 de cárcere privado; 17 de tráfico de mulheres; e 60 outros. Na maioria das denúncias/relatos de violência registrados no Ligue 180, as usuárias do serviço declaram sofrer agressões diariamente (69,28%).No primeiro semestre de 2009, houve 811 relatos de violência, classificados como dano emocional ou diminuição da auto-estima. A categoria foi inserida no sistema a partir de março deste ano para dar visibilidade a uma demanda recorrente, que apesar de não estar tipificada no código penal como crime, está muito presente no discurso das mulheres que utilizam os serviços da Central. A maior parte das mulheres que entrou em contato com a central é negra (43,26%), tem entre 20 e 40 anos (66,97%), é casada (55,55%) e um terço delas cursou até o ensino médio.
Fontes: www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/sepm; www.maismulheresnopoderbrasil.com.br/
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